Meu muito obrigado, calamaro...
ainda que tenhas o cintilante lume da estrela apagado,
a foice e o martelo escondido em memórias do meu passado...
Meu muito obrigado, calamaro...
ainda que tenhas minha esperança em lama afogado,
e feito do vermelho um singelo recuerdo do êmulo colorado...
Meu muito obrigado, calamaro...
a ti e aos teus fedegosos ministros de estado,
aos teus hematófagos senadores e aos nem tão caros deputados...
Meu muito obrigado, calamaro...
pela certeza de hoje saber que homens serão sempre homens,
e que porcos também serão homens com o poder ao seu lado...
Por isso calamaro, meu muito obrigado.
Cesar Boufleur.
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