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26.4.05

Conto de uma noite de alegria

Conto de uma noite de alegria

Era uma noite como outra qualquer,
mas quis o destino virar uma esquina da vida
e me colocar diante daquela mulher,
meu mundo parado, minha mendte perdida.

A luz do mais preeminente lume, já não rutilava mais;
a música, como em um silêncio fúnebre, já não se ouvia mais;
e eu preso naqueles lábios a sorrir, não escaparia jamais!

Aturdido, e sem qualquer temperança, balbuciei desvairadamente:
“...moça sua bolsa caiu”
e o mundo para mim então sorriu...

"Delirium Tremens"

''Delirium tremens”

Quero um etílico para envenenar o corpo,
amolecer a alma e preparar a carne
para este último e sublime prazer.
Quero sentir o suor gélido ouriçar os pêlos,
cegar a torpe lucidez, esquecer o tempo
e a angústia da rotina do viver.
Quero embriagar meus pensamentos insanos!
Quero a hebetude dos sentimentos humanos!
Quero meu mundo em uma garrafa, para poder beber
até que todo lume desta triste vida se vá, pela escuridão a se perder...

...quero morrer bebendo, porque é melhor do que morrer de sede...

15.4.05

Amor Paradoxal

AMOR PARADOXAL
Tinha o amor como ato egoísta,
agora, absorto em voraz sensação
e sem nenhum desiderato machista,
vejo-me prostrado por mais uma paixão.

Uma simbiose sublime:
em um só corpo, dois corações;
e o meu amar que a nenhum suprime,
só se regozija do júbilo destas emoções.

Triangular amor paradoxal,
sem hipocrisia ou sequer traição,
que se explica no fruto do amor carnal:
a vida surgindo no etéreo ato da concepção.
por Cesar Boufleur.
COMENTÁRIO PESSOAL:
Esta poesia é para Laura e Eliana.